quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Babel de todos os dias

A história do filme descreve as relações de causa e efeito, ação e reação de diferentes lugares e situações. Cidadãos de um mundo moderno e globalizado, sujeitos ao acaso.
A baixa auto estima de uma adolescente, a violência no manejo de armas para sobrevivência, o preconceito contra um povo, a intolerância religiosa , enfim relatos conhecidos e que o autor do filme vai costurando como uma colcha de retalhos, intercalando momentos em que nos reconhecemos na cena.
O filme acaba com o conceito de fronteiras e nos revela na prática uma divisão de recursos arbitrária.
O diretor foi feliz ao fazer a referência não citada no filme, mas a Babel bíblica, onde viviam muitas pessoas, diferentes línguas e que ninguém se entendia.
A relação que faço com os textos e o filme é sobre a construção do currículo de cada personagem. Sobre o significado das experiências e de que modo, essas poderiam ser aproveitadas na formação de identidade.
A marcação da diferença de cada educando foi discutido no processo de formação do currículo. Sobre o que vale a pena ser ensinado pode ultrapassar a verdade dos conhecimentos estabelecidos nos programas. Porém, as experiências vividas pelos personagens (racismo,nacionalismo, violência, economia desfavorável,bullyng) estariam de algum modo longe da realidade dos alunos? E qual seria a consequência de uma atitude hoje na vida futura de um jovem.
A escola prepara o aluno para o futuro, mas como reagir diante destas situações que infelizmente estão se tornando rotineiras?
Que a escola( nossa Babel de todos os dias) possa fazer uma reflexão e uma avaliação de seu papel na vida de cada um, para que ela se torne novamente um lugar prazeroso para todos.

"Cada cultura tem suas próprias e distintas formas de classificar o mundo. É pela construção de sistemas classificatórios que a cultura nos propicia meios pelos quais podemos dar sentido ao mundo social e construir significados." Stuart Hall, Identidade e Diferença

quinta-feira, 19 de maio de 2011




O techo do filme mostrado questiona o para quem e para o quê se destina a educação. Descobrimos que a discussão é antiga e pelo que temos visto, ainda vai demorar para que se chegue a um denominador comum...


quinta-feira, 31 de março de 2011

A que ponto chegamos...........


O quê mudou?

No último ano, eu e meus colegas tivemos a grata satisfação de adentrar pelos portões da FEBF e com certeza, um imenso prazer em nos tornar discentes da UERJ. Porém, a surpresa foi tamanha, pois nos deparamos com alguns professores que não se preocuparam em nos preparar para aquele momento especial para muitos, que conseguiram chegar no espaço acadêmico depois de muitas lutas. Foram muitas as cobranças e alguns alunos se sentiram perdidos... Temos a consciência que somos avaliados em todos os momentos de nossa vida, afinal somos seres humanos imperfeitos, sujeitos a erros e acertos. E são justamente esses erros e acertos que nos evidenciam,nos caracterizam e os quais são avaliados por outras pessoas. Confesso que fiquei muita decepcionada com uma professora do primeiro semestre que compareceu em sala de aula somente no primeiro dia e depois nos deixou nas mãos de seu aluno de mestrado. Não que ele não fosse qualificado, mas considerei a atitude uma falta de respeito para com os alunos inscritos na disciplina dela, pois o "professor" vinha cansado, nervoso e preocupadíssimo em não perder o último ônibus que o levaria para a casa, como se todos os alunos da turma morassem bem ali na Vila São Luís. Considerei sua forma de avaliar extremamente confusa, equivocada e sem critérios. Os outros professores nos deixaram a vontade quanto as formas de avaliação em suas disciplinas, e acredito que isso tenha contribuído de forma significativa para os alunos, afinal não havia o fantasma de cobrança, mas uma forma de questionamento sobre o conteúdo apresentado durante o semestre. Já no segundo período o que me marcou foi a disciplina de Cultura Local e Global. Se alguém me perguntar qual foi o material disponibilizado e o quanto foi significante, não vou titubear em dizer que para mim ficou um espaço vago, uma lacuna que não foi preenchida. Embora tenha havido a tentativa de relacionar a disciplina com mídia, faltou a discussão em sala do que foi apresentado. Não tenho questionamentos sobre as outras disciplinas, embora tenho certeza que alguns não vão concordar comigo, pois tivemos uma professora que cobrou da turma um posicionamento condizente ao ambiente em que estávamos e com isso, houve um clima de tensão, aliado a uma prova final. Enfim, fomos impulsionados a pensar que em uma Universidade encontraríamos uma versão diferente do modo de avaliar; mas o que encontramos , infelizmente, são alguns professores que ainda acreditam na "decoreba" e se esquecem que comos nós, também são avaliados, fazer o quê, afinal também são seres humanos.... O que gostaria de sugerir para o futuro é que o olhar para o aluno fosse dado de maneira que a distância fosse minimizada, que os debates envolvessem a todos da comunidade acadêmica e que alguns conceitos fossem revistos, afinal de contas não são todos que chegam na Universidade que conhecem as normas da Abnt.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Fazer a ponte texto do professor e diretor da Escola da Ponte situada em Portugal


O texto Fazer a Ponte do escritor José Pacheco nos mostra uma realidade escolar diferente. Estamos habituados com a tradicional escola, muros,métodos e avaliações de aprendizagem, cobrançaas, etc... E ao nos depararmos com o diferente nos assustamos. Uma escola sem muros, com professores atuando mais próximos dos alunos, família integrada com o sistema, corpo escolar envolvido mais profundamente com o sistema implatado, já que é um sistema novo, engloba uma maior participação de todos para o sucesso da aprendizagem dos alunos.Se não é comum não é convencional, diriam alguns;mas este modelo de escola me parece ser bastante interessante, afinal, acredito eu, para a inclusão deste modelo, aluno, familia e comunidade escolar teriam que estar totalmente interagidos, o que possibilitaria uma maior participação dos envolvidos. Implicaria uma maior responsabilidade por parte de todos, já que o modo de aprendizagem seria diferente do que estamos habituados. Me parece ser uma experiência válida, já que as diferenças individuais dos alunos seria uma filosofia a ser aplicada e respeitada, um modo de aprender a aprender. Para a aplicação deste conceito de escola em nosso país, uma reformulação profunda no sistema educacional brasileiro teria de acontecer. Mas esta história, já é assunto para postagens futuras.........

segunda-feira, 3 de maio de 2010

***Resumo do texto: Uma escola para a modernidade em crise

* A AMPLIAÇÃO DAS FUNÇÕES DA ESCOLA FUNDAMENTAL

1º O aumento da jornada escolar e a responsabilidade da escola
Na implantação de uma educação em tempo integral coube a escola uma maior responsabilidade pelo seus alunos.Isto porque ela(a escola) estaria assumindo a função de pais e responsaveis no papel de educadores. Houve também a expectativa de que seriam incorporados ao curriculo escolar, atividades complementares acompanhadas de assistência médica. Uma ideia totalmente válida, mas estaria a escola preparada para esta etapa? O corpo docente estaria preparado?

2° A formação dos professores e o aumento da responsabilidade dos educadores
O professor do novo século deveria estar em sintonia com toda a tecnologia que temos a nossa disposição. Mas será que isso se aplica em prática? A formação do professor deveria estar voltada também para uma maior capacitação, voltada para uma maior humanização visto que hoje cabe ao professor o papel de agente social na vida de seus alunos.

3° A ampliação das funções da escola fundamental pode reforçar o controle social ou pode servir para o desenvolvimento democrático e os interesses da emancipação
A falta de estrutura do atual regime educacional pode invibializar uma ideia bem interessante: Uma maior participação da escola na vida das crianças, familias e comunidades. Ou seja, boas ideias existem sim para uma melhoria no atual sistema educacional, o dificil é encontrar parcerias dispostas a colocar a "mão na massa" para uma revolução educacional de verdade!

4° A escola e a crise da modernidade
A escola fundamental deveria se reformular, a começar pela concepção que o aluno é um ser único, com dificuldades a serem superadas e totalmente integral ou seja educação como um todo; buscando se interar do que acontece fora de seus muros e aceitando uma nova concepção de transmissão de conhecimentos.

5° Experiência escolar e razão comunicativa
A escola pode constituir uma nova instituição que promova experiências com seus alunos buscando uma maior comunicação direcionada ao entendimento do educando, e levando em conta segundo alguns autores da área educacional as diferenças culturais
e ser capaz de absorver todas estas diversidades culturais.

6° Escola como espaço público,politico e pedagógico
A intensificação das relações pessoais entre escola,aluno,pais e comunidade estará
em evidência, graças a ampliação das funções da escola fundamental que estará se tornando um elo na ligação do curriculo com o mundo, porém deve se deixar clara a posição da escola para que não haja divergências sobre o seu papel de instituição de ensino.

Eis aí uma parceria que sempre dá certo


A escola como ela é
Especial de Educação: Biblioteca do lixo dá esperança a Brenda

Brenda Helena de Souza, de 11 anos, encontra no trabalho da mãe, a catadora de lixo Maria Aparecida de Souza, o estímulo para estudar. Com os livros didáticos que encontra em meio à sujeira, a catadora formou uma biblioteca. O EXTRA acompanhou durante um ano o cotidiano da família e de outros oito alunos da rede municipal do Rio. Foi um ano de grandes mudanças no ensino, em que a taxa de repetência subiu 447% em relação a 2008. Brenda passou de ano, graças à biblioteca do lixo, símbolo do tema do primeiro caderno especial: a relação entre o apoio dos pais e o desempenho dos filhos na escola.

***Temos uma aqui a primeira de uma série de reportagens feita pela repórter Leticia Vieira do jornal Exrta do RJ,de como é a parceria e o apoio entre pais e filhos e o desempenho na escola.